A privatização da água na cidade de Manaus e os impactos sobre as mulheres
Instituto Eqüit – Gênero, Economia e Cidadania Global
Um dos elementos estratégicos centrais da atual divisão internacional do trabalho no mundo globalizado é, sem dúvida, o aproveitamento em larga escala dos bens ou recursos naturais com fins lucrativos. O modelo exportador de bens provenientes da agricultura e da natureza (produtos florestais, pesca, minerais, etc.), apoiado na exploração “flexibilizada” da mão-de-obra barata, são os dois pés fundamentais de sustentação dos investimentos estrangeiros na América Latina e em vastas regiões do mundo. A dinâmica de mercantilização de todos os bens naturais e da própria vida está alcançando níveis até agora impensáveis e muitas vezes dramáticos.
A facilidade de acesso ou disponibilidade, e a freqüentemente escassa regulamentação nacional nos países menos desenvolvidos, para o aproveitamento destas “vantagens comparativas” (tanto recursos naturais, quanto força de trabalho barata) permitem que as mesmas se tornem fortes atrativos para os investidores, em particular para as poderosas empresas transnacionais.
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