Para superar a pandemia, uma economia do cuidado

Graciela Rodriguez, coord. do I. Equit, e Tatiana Oliveira, parceira e colaboradora (atualmente no Inesc), oferecem este artigo a quatro mãos para debater sobre a centralidade da economia do cuidado.

O surgimento da covid-19 como pandemia global nos colocou em meio a uma crise sanitária e civilizatória de grandes proporções. Nesse contexto, o governo brasileiro passou a dizer que a população deveria escolher entre salvar a economia ou as suas vidas. Numa economia de mercado, o objetivo é o lucro, não as pessoas. No entanto, a economia é feita pelas pessoas e não existe sem elas. Superar esta crise exige colocar a vida no centro das nossas preocupações e refazer a trama comunitária de cuidados, que foi destruída pelo neoliberalismo.

A economia é feita pelas pessoas e só existe com elas

Esse é um dos eixos do pensamento econômico proposto pelas feministas. Para o feminismo, a economia constitui um modo da organização social que é marcada pela interdependência das pessoas entre si e entre elas e a natureza.

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