I Fórum de Mulheres dos Países BRICS
Com a presença de mais de 130 mulheres brasileiras vindas de todo o país e aproximadamente 25 participantes dos demais países integrantes dos BRICS, Fortaleza recebeu no dia 15 de julho, o I Fórum de Mulheres dos Países BRICS.
Elas participaram do Encontro da Sociedade Civil dos BRICS (14 a 16 de julho), que aconteceu por ocasião da VI Cúpula BRICS (14 e 15 de julho), que reuniu presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – países que conformam o BRICS, e que em Fortaleza continuaram aprofundando a construção desse bloco surgido em 2009 para influenciar o G20 durante a crise econômica e financeira global, e que posteriormente tem buscado coincidências além dessa agenda econômico-financeira.
Assim, no Marco do “Diálogo na perspectiva dos Povos” organizado pelos movimentos sociais, foi que a AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras – e o Instituto EQUIT organizaram o I Fórum de Mulheres. Nele foram debatidos os impactos que o modelo de desenvolvimento dos países do BRICS (e de modo geral os países do Sul global) vem gerando nas vidas das mulheres: pobreza, desigualdades, entre elas as de gênero, e também enorme concentração da riqueza. As lutas e resistências na perspectiva dos direitos sexuais e reprodutivos, o combate à violência de gênero, o acesso aos serviços públicos, a justiça socioambiental e as políticas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas, dentre outras, são questões que vêm impactando de modo especial as mulheres no Sul e foram debatidas e priorizadas buscando gerar convergências de ação. O objetivo foi construir inicialmente uma agenda comum de alternativas na perspectiva feminista para incidir sobre os governos dos países e sobre o bloco em seu conjunto.
O Fórum foi uma das atividades do evento paralelo da sociedade civil e contou com um público numeroso e entusiasmado que aprovou um chamado às organizações de mulheres e feministas do Brasil e dos países BRICS para dar continuidade a este início de articulação que começou em Fortaleza, de modo a disputar o sentido e o destino deste bloco, que também precisa incluir as mulheres para construir a justiça social e um desenvolvimento verdadeiramente sustentável!!
A AMB também organizou uma Casa Feminista, espaço de alojamento e acolhida das participantes do Brasil, dos países vizinhos e dos BRICS, mas também de formação política feminista, de articulação internacional entre as feministas e de organização da manifestação nas ruas de Fortaleza, em conjunto com os demais movimentos sociais.
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